
Cerca de quatro centenas de pessoas estiveram ontem, 19 de maio de 2024, no Concerto pela Paz, promovido pelo Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC), que decorreu no auditório da Fundação Engenheiro António de Almeida. Várias dezenas de músicos, atores e outros artistas foram recebidos e saudados pelo Presidente do Conselho de Administração da Fundação, Augusto Aguiar-Branco, que na sua
alocução, sublinhou a necessidade de fomentar um opinião púbica em prol da paz, acompanhando a ideia de que “pela paz, todos não somos demais”.
Ilda Figueiredo, presidente da direção do CPPC destacou, por seu lado, o acolhimento dispensado à iniciativa pela Fundação, pelo seu presidente e trabalhadores, manifestando a “grande alegria” pela realização do emblemático concerto na cidade, “depois de um interregno de dois anos”, por “razões que todos conhecem”.
No Concerto, que foi apresentado pelo professor universitário Rui Pereira, participaram o Coral de Letras, o Bando dos Gambozinos e o Balleteatro, assim como o ator e encenador, António Durães, para além dos músicos Fausto Neves, Suzana Ralha, Teia Campos, Pedro Marques, Paulo Vaz de Carvalho, Manuel Rocha, Hugo Ciríaco, Guilherme Lapa, Luísa Moutinho, Paulo Melo e o bailarino Tiago Pinho. A sala homenageou ainda com uma longa ovação, o maestro José Luís Borges Coelho, também presente.
Na sua intervenção, Ilda Figueiredo reiterou a exigência “do fim do massacre na Palestina”, com um cessar-fogo “imediato e duradouro com uma Palestina independente”, bem como “o fim da guerra na Ucrânia e de todas as guerras”. Lembrando diferentes iniciativas recentes do CPPC, a presidente da direção do movimento salientou o “III encontro pela Paz” realizado em outubro último e que reuniu em Gaia, com o apoio da autarquia, “mais de 800 pessoas e uma centena de organizações”.
Em todas estas iniciativas, disse Ilda Figueiredo, “pugnamos por uma cultura de paz em vez da guerra, apelamos a que se trave a escalda belicista, que se ponha fim às sanções que atingem os trabalhadores e as populações, enquanto as multinacionais do armamento, da energia, da alimentação e da distribuição acumulam lucros”. Nos próximos fins-de-semana acolherão concertos pela Paz as cidades de Coimbra, Gondomar e Vila Nova de Gaia.

Participa!
28 de Agosto - 18H
Concentração - Praceta da Palestina - Porto
(Entre a Rua Sá da Bandeira e a Rua do Bolhão)
CPPC
Apoio:
USP/CGTP-IN
MDM
UPP
UNICEPE
AEESEP

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) defende o legítimo direito dos povos a decidirem soberanamente o seu rumo de desenvolvimento – um direito consagrado na Carta das Nações Unidas e no Direito Internacional –, uma sua posição de sempre que é tão mais importante reafirmar no momento em que se intensifica uma aberta e descarada ameaça, a pressão, a chantagem, o bloqueio e a interferência sobre a República Bolivariana da Venezuela, que visa atingir e agravar as condições de vida do seu povo.
O não reconhecimento do Presidente democraticamente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, é mais um episódio do longo processo de ingerência e desestabilização promovido e levado a cabo pelos Estados Unidos da América e pela oligarquia venezuelana e que dura há 20 anos, tantos quantos tem a Revolução Bolivariana – o golpe de Estado contra o Presidente Hugo Chávez em 2002, a sabotagem da empresa estatal de petróleo PDVSA, o terrorismo, o bloqueio e as sanções económicas e diplomáticas foram e são métodos utilizados para dificultar a acção e, se possível, derrubar o poder bolivariano, as instituições legítimas do país, sufragadas democraticamente ao longo de 20 anos.