Outras Notícias

Um ano após o golpe de Estado na Ucrânia

 

Ao completar-se um ano do golpe de estado na Ucrânia crescem as preocupações com a evolução da situação na região, fruto da intervenção das forças fascizantes que se apoderaram do poder, das ingerências estrangeiras e do apoio das potências ocidentais ao poder dominante na Ucrânia.

Foi no dia 22 de Fevereiro de 2014 que foi destituído o Presidente eleito Viktor Ianukovitch, na sequência de um golpe anti democrático, preparado e comandado do exterior, que teve início em Novembro de 2013 quando, num processo de negociação com a União Europeia, esta exigiu à Ucrânia a realização de profundas e incomportáveis reformas económicas e financeiras para que o país tivesse acesso aos mercados europeus. Face a essa ingerência, como alternativa, o governo ucraniano decidiu reatar as relações económicas com a Rússia, o que se traduziu na assinatura, a 17 de Dezembro desse ano, de um pacote de assistência financeira, no valor de 15 mil milhões de dólares, assim como a significativa baixa do preço do gás importado.

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Solidariedade com a Revolução Bolivariana

O Conselho Português para a Paz e Cooperação convida todos os amigos e amigas a participarem na Sessão de Solidariedade com a Revolução Bolivariana a realizar no próximo dia 5 de Março na Casa do Alentejo em Lisboa pelas 18h30.

A iniciativa promovida pelo CPPC a CGTP-IN e a AAPC contará com a participação da embaixada da República Bolivariana da Venezuela.

Participa!

 

PELA PAZ NA UCRÂNIA! APELO A UMA SOLUÇÃO PACÍFICA E DEMOCRÁTICA PARA A UCRÂNIA E DE REJEIÇÃO DA INGERÊNCIA DA NATO

O Conselho Português para a Paz e Cooperação acompanha com profunda preocupação a situação que se vive na Ucrânia, resultante do golpe que, com o apoio político, económico e militar dos Estados Unidos da América, da NATO e da União Europeia, foi levado a cabo em 22 de Fevereiro de 2014.

Ao longo de quase um ano sucederam-se, como é conhecido, graves situações anti-democráticas e ilegítimas, designadamente a constituição de governos que incluíram e incluem elementos de extrema-direita e, mesmo, neonazis; os atentados dos grupos paramilitares de extrema-direita e neonazis do Svoboda, do Pravy Sektor às sedes de sindicatos e de partidos e forças democráticas e anti-fascistas, a perseguição e assassinato de democratas e patriotas ou a promoção da xenofobia, de divisões étnicas e da repressão pelo novo poder golpista. Esta situação levou à resistência e lutas populares nas regiões do Leste e Sul da Ucrânia, – como na Crimeia e no Donbass (Lugansk, Donetsk, Mariupol, entre outras cidades) -, de populações maioritariamente de língua russa, movidas por sentimentos anti-fascistas e patrióticos. Como consequência, a população da Crimeia decidiu reintegrar a Federação Russa. E no caso do Donbass, as autoridades de Kiev responderam com uma violenta repressão militar contra as populações, provocando uma guerra civil.

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PELA DEFESA DOS DIREITOS DO POVO SAARAUI E CONTRA A REPRESSÃO DO REINO DE MARROCOS

 

De acordo com informações obtidas pela Adala UK, o cidadão saarauí, Chaihib Abdelhay, que se encontrava detido na prisão de Tiznit, em Marrocos, morreu após ser vítima de maus-tratos sistemáticos e de negligência médica. Após o anúncio da morte de Chaihib Abdelhay, os presos marroquinos e saarauís entraram em greve de fome contra as condições sub-humanas da prisão.

A morte de Chaihib é apenas mais um exemplo do desrespeito do reino de Marrocos pelos direitos humanos e pelo povo saarauí. Por exemplo, apenas há 9 dias, o jovem cidadão saarauí, Abdul Baqi Aliyen Antahah, de 22 anos, morreu após cinco dias de torturas a que foi sujeito na prisão negra de El Aaiun.

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) denuncia as condições sub-humanas das prisões marroquinas, destacando-se a de El Aaiún, com celas pequenas e sobrelotadas, sem ventilação nem iluminação, alimentação insuficiente, o que propicia a proliferação de doenças infecto-contagiosas.

O CPPC recorda que as mortes de presos por negligência médica grave e torturas brutais são frequentes nas prisões marroquinas e insiste na necessidade de uma posição firme dos Governos de países que fazem parte da União Europeia, que mantém um acordo com o Reino de Marrocos, de forma a conseguir uma alteração desta situação na defesa dos direitos do povo saarauí.

O CPPC, mais uma vez:
• Reafirma o direito à autodeterminação e independência do povo saarauí;
• Denuncia e exige o fim da repressão do Reino de Marrocos contra o povo saarauí nos territórios ocupados;
• Exige a imediata libertação de todos os presos políticos saarauís e a realização de um referendo sob auspícios das Nações Unidas.

Lisboa, 10 de Fevereiro de 2015