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"Estimados amigos e amigas da paz

Em nome do CPPC, estendo uma reconhecida e calorosa saudação a todos aqueles que estão hoje a demonstrar a sua solidariedade com o povo palestiniano.

Hoje, enquanto aqui estamos demonstrando esta solidariedade, muitos outros o fazem também, exactamente na Península de Setúbal – em Almada, Baixa da Banheiro e Montijo – mas também noutros países do mundo, reafirmando a necessidade de parar a agressão israelita, de um cessar fogo imediato, do fim do bloqueio e da urgente ajuda humanitária à população palestiniana, particularmente na Faixa de Gaza.

Nas várias ações de solidariedade que temos vindo a realizar, é trágico e doloroso constatar que o número de mortos e feridos tem aumentado constantemente, ultrapassando, neste momento, os 11 000 mortos e os 28 000 feridos, entre os quais muitos milhares de crianças.

É por isto, para pôr fim a esta barbárie, que voltamos e continuaremos a sair à rua – exigindo que é preciso pôr fim imediatamente ao massacre!

Crianças, mulheres, famílias inteiras palestinianas são testemunho de todo o horror, de toda a crueldade e sofrimento imposto por Israel, com a cumplicidade e o apoio dos Estados Unidos da América, a mais de dois milhões de palestinianos da Faixa de Gaza, mas também às populações palestinianas na Cisjordânia e em Jerusalém Leste.

São profundamente inquietantes as consequências da brutal escalada de violência israelita, com incessantes e deliberados bombardeamentos que não só matam e ferem a população palestiniana, como aqueles que lhes tentam prestar auxílio e ajuda.
Condenamos os bombardeamentos israelitas a ambulâncias, pessoal médico, hospitais e outras instalações médicas e da Organização das Nações Unidas (ONU), bairros residenciais, caravanas de refugiados – sob os quais muitas dezenas de trabalhadores de apoio humanitário e da ONU, assim como dezenas de jornalistas, foram mortos.

É necessário continuar a exigir que se impõe parar de imediato o massacre, a agressão, a escalada de guerra, de forma a impedir ainda mais trágicas consequências para a população palestiniana, martirizada por décadas de ocupação e opressão, e para os povos do Médio Oriente, vítimas de décadas de desestabilização e guerra imposta pelos EUA e seus aliados.



Não esquecemos que durante décadas Israel bombardeou e ocupou territórios de países limítrofes.

Não esquecemos que ao longo de décadas, Israel impôs a ocupação de territórios palestinianos, desrespeitando o direito internacional e inúmeras resoluções da ONU.

Não esquecemos que Israel não cumpriu acordos que assinou, que desencadeou guerras e massacres contra o povo palestiniano, provocando milhares de vitimas.

Não esquecemos que assassinou dirigentes políticos palestinianos e que encarcerou arbitrariamente milhares de palestinianos.
Não esquecemos que impôs um cruel bloqueio à população palestiniana na Faixa de Gaza.

Não esquecemos que Israel inviabiliza a criação dum Estado da Palestina nos territórios ocupados em 1967, através da construção e expansão dos colonatos e da construção do vergonhoso Muro de separação.

Não esquecemos décadas de política de ocupação, opressão e provocação, que foi intensificada pelo governo de extrema-direita de Netanyahu e pela acção de colonos israelitas, agravando a situação e conduzindo ao incremento da confrontação e da violência em Israel, na Palestina e no Médio Oriente.

São trágicos e condenáveis os acontecimentos que se estão a viver no Médio Oriente.

Acontecimentos que constituem uma grave ameaça à paz em toda a região e que têm reflexos negativos para o mundo.
Igualmente são inadmissíveis as declarações de Netanyahu, apoiado por Biden, que fecham as portas a um cessar-fogo e a negociações e, que perante a apelo da ONU a uma «trégua humanitária imediata, duradoura, levando à cessão das hostilidades», continuam o massacre do povo palestiniano.

O Governo português, que votou favoravelmente esta resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, deve assumir uma clara e coerente posição de rejeição da escalada de guerra e agir em prol de uma solução política para o conflito assente no direito internacional, no respeito pelos inalienáveis direitos nacionais do povo palestiniano, no cumprimento das resoluções da ONU – que determinam a criação de um Estado da Palestina, com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Leste, e o respeito do direito ao retorno dos refugiados palestinianos.

Neste tempo infestado de cinismo, deturpação, falsidade, hipocrisia, o CPPC denuncia e condena a política de ocupação e opressão prosseguida há décadas por Israel, e expressa, mais uma vez, a solidariedade ao corajoso e determinado povo palestiniano, vítima da violência e destruição israelita.

O CPPC saúda todos aqueles que, em Israel – árabes e judeus –, resistem e lutam contra o sionismo e têm defendido a causa da paz e o respeito pelos direitos do povo palestiniano, sofrendo também a violenta repressão das autoridades israelitas.

A paz só será possível com justiça para o povo palestiniano, com o respeito pelo direito internacional, com a concretização de uma solução política através do cumprimento das relevantes resoluções da ONU, com o fim da política de ocupação e opressão por parte de Israel.

Não somos indiferentes!

Agimos pela causa da paz!

Agimos pelos direitos nacionais do povo palestiniano!

Há que parar o massacre!

Há que exigir o cessar fogo imediato!

Há que acudir urgentemente à população palestiniana!

Aos amantes da paz, apelamos a que se continue a engrossar este rio de solidariedade.

Palestina Vencerá!"