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Conselho Português para a Paz e Cooperação realizou, ao longo do dia 29 de março, no auditório da CGTP-IN, em Lisboa, várias iniciativas em prol da paz, o desarmamento e a solidariedade com os povos. De manhã teve lugar a assembleia da paz, que apreciou e aprovou por unanimidade o Relatório de Atividades e Contas relativas ao ano de 2024.
Em várias intervenções sublinhou-se a intensidade da intervenção realizada, a importância do estabelecimento de parcerias com diversas organizações e entidades e a premência da realização de ações de cultura e educação para a paz. Analisou-se a presente situação internacional e as ameaças existentes à paz, com o incremento da confrontação, a corrida aos armamentos, a chamada “economia de guerra” e as constantes referências a eventuais mobilizações de jovens portugueses.
A assembleia da paz ratificou a decisão da direção nacional de cooptar a aderente Isabel Camarinha, que foi aprovada por unanimidade. Destacou-se a importância do envolvimento na preparação e mobilização para o IV Encontro pela Paz, que terá lugar no Seixal a 31 de Maio.
Depois do almoço convívio, teve lugar uma sessão sobre Cuba, integrada na campanha de solidariedade levada a cabo por dezenas de organizações nacionais, entre as quais a Associação de Amizade Portugal-Cuba (AAPC) e o CPPC. Dirigida por Rui Garcia, vice-presidente do CPPC, a sessão contou com as intervenções de Sandra Pereira, presidente da AAPC, e dos representantes da embaixada de Cuba em Portugal, Laura Chacón e Ariel Valhuerdi. Denunciou-se os efeitos do ilegal bloqueio norte-americano e valorizou-se a solidariedade que Cuba presta ao mundo, em médicos e professores, e a referência que constitui para os povos do mundo que se batem pela liberdade, a soberania e a independência.
Foi destacada a campanha se solidariedade com Cuba que está a decorrer, apelando-se a participação de todos com a sua divulgação e contribuições, financeiras e materiais, de solidariedade com o povo cubano.
Frederico Carvalho, membro da Presidência do CPPC e dirigente da Organização dos Trabalhadores Científicos, fez uma comunicação sobre o chamado “rearmamento europeu”, denunciando os interesses envolvidos e os riscos que tal opção acarreta para a paz e a segurança internacionais.
A jornada terminou com a homenagem a José Baptista Alves, presidente da mesa da assembleia da paz, que fazia nesse mesmo dia 82 anos. Destacou-se o seu percurso de vida – do MFA ao SAAL, passando pela defesa da água pública – e a sua intervenção diária em prol da paz e dos valores de Abril. Foi-lhe oferecido um ramo de cravos, uma pintura e outras recordações.