O Conselho Mundial da Paz manifesta a sua profunda preocupação e indignação relativamente aos recentes e contínuos desenvolvimentos na Líbia. Ao condenar o massacre de centenas de manifestantes civis inocentes por parte do exército armado da Líbia, bem como o sofrimento dos inúmeros trabalhadores migrantes, forçados a abandonar o país devido à instabilidade política e à pressão agressiva exercida pela comunicação social e pelas forças externas, manifestamos a nossa rejeição categórica de qualquer intervenção militar externa por parte dos EUA, da NATO ou da UE, sob qualquer pretexto.
Salientamos o direito do povo da Líbia a expressar a sua revolta e sofrimento, bem como as suas reivindicações de mudança social e económica e o seu direito soberano de determinar os desenvolvimentos políticos no seu próprio país, e que a interferência externa está a reforçar o risco da violência que se agrava para uma guerra civil.
Os Imperialistas que servem os interesses das Empresas Multinacionais e do capital internacional, sob o pretexto de "intervenção humanitária", procuram uma oportunidade de controlar mais e abertamente os recursos de petróleo e gás da Líbia e expandir as suas esferas de influência.
Denunciamos a presença militar de navios de guerra de vários estados da NATO e da 6ª Esquadra dos EUA em águas internacionais, em frente à Líbia, o que prova que os preparativos para um possível ataque, e exigimos a retirada total dos mesmos.
Independentemente da opinião que possamos ter sobre o regime na Líbia e dos respectivos compromissos e prioridades relativamente à sua política externa, especialmente nos últimos anos, a formulação e imposição de mudanças consideradas necessárias é do total e exclusivo direito do povo da Líbia, sem qualquer imposição política ou militar externa.
O CMP manifesta a sua total solidariedade para com o povo da Líbia e trabalhadores estrangeiros e exige o fim do derramamento de sangue e da acção militar.
Manifestamos o nosso desacordo relativamente às sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, o qual prejudicará muitas pessoas da Líbia e reiteramos que não pode ser aceite qualquer agressão militar externa!

O Secretariado do CMP