O Conselho Português para a Paz e Cooperação condena o novo acto de terrorismo de estado perpetrado por Israel, no passado Domingo, contra civis desarmados, palestinos e sírios, que assinalavam a «guerra dos Seis Dias», em que Israel ocupou ilegalmente os territórios dos Montes Golã, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

A brutal agressão das tropas de Israel que provocou dezenas de mortos e centenas de feridos, alguns com muita gravidade, ocorreu quando centenas de pessoas, na sua maioria jovens, se concentraram na zona de separação entre a Síria e o território sírio ocupado dos Montes Golã.
Este novo acto de terrorismo de estado ocorre passado menos de um mês da violenta repressão pelas forças armadas israelitas das manifestações pacíficas, aquando do assinalar do 63º aniversário da Nakhba - a expulsão dos palestinos dos seus territórios -, bárbara agressão que provocou 24 mortos e centenas de feridos.

 

Uma vez mais é posta a nu a vergonhosa hipocrisia das grandes potências ocidentais, como os EUA e a UE, que cinicamente falam dos direitos humanos e dos povos árabes, mas que são coniventes e cúmplices dos bárbaros crimes e terrorismo de estado perpetrado por Israel. No fundo a mesma política de agressão aos direitos humanos e dos povos que é hoje praticada pela NATO contra o povo líbio.


O CPPC volta a afirmar a exigência de:
    •    Condenação do terrorismo de estado de Israel;
    •    Denúncia da impunidade e conivência que Israel goza por parte dos EUA e da UE para a sua política de colonialismo e de autêntico genocídio do povo palestino;
    •    Acabar com a ocupação israelita;
    •    Impedir a construção de novos colonatos e desmantelar os colonatos;
    •    Remover o muro de separação;
    •    Levantar o bloqueio a Gaza;
    •    Estabelecer o Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967, com Jerusalém Leste como capital;
    •    Garantir o direito de regresso dos refugiados.

O CPPC exige do Estado Português a condenação de mais esta agressão israelita e a defesa do inalienável direito do povo palestino a um Estado independente, soberano e viável, no respeito pelas resoluções das Nações Unidas.