São constantes as ameaças à integridade do território e à soberania da Síria por parte de grupos armados que contam com a cumplicidade internacional, designadamente da Turquia e dos seus aliados na NATO. Lamentando que estes mesmos países tenham, sem que nenhuma investigação fosse levada a cabo para perceber o que de facto se passou, responsabilizado a Síria pelas vítimas civis de uma explosão ocorrida numa aldeia turca, atribuída a um míssil sírio, e apoiado “retaliação” por parte da Turquia, que bombardeou várias posições na Síria, vemos com grande preocupação a decisão do parlamento turco de autorizar missões militares em território sírio e as recentes declarações do Primeiro Ministro turco de que uma guerra pode estar próxima.


 
Face a mais uma grave provocação, e o risco de multiplicação de provocações potencialmente conducentes à escalada do conflito interno e seu desenvolvimento em conflito declarado entre estados vizinhos, com os riscos que tal situação acarretaria para os povos da região e de todo o mundo, o CPPC apela a todas as organizações e cidadãos portugueses para que reforcem a solidariedade com o povo sírio e, tendo em conta o artigo 7º da Constituição da República Portuguesa, exorta o governo português a respeitar e promover o princípio da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados, e a defesa da solução pacífica dos conflitos internacionais.
 
O CPPC reitera, neste momento, as suas posições de:
 
Rejeitar qualquer intervenção militar contra a Síria;
- Condenar as acções estrangeiras para desestabilizar este país;
- Exigir o fim das sanções contra a Síria, cujas primeiras vítimas são a população civil;
- Apela, no espírito e respeito da Carta das Nações Unidas, ao diálogo, à negociação e à diplomacia para a resolução pacífica dos conflitos na região;
- Considerar que todos os povos, incluindo o da Síria, têm o direito de viver em paz e em democracia, de acordo com as suas decisões soberanas;
 
A Direcção Nacional do CPPC