Cumpre-se hoje, 7 de Outubro, 11 anos desde o início da agressão e da ocupação do Afeganistão por parte dos Estados Unidos da América e da NATO. Mais de uma década de morticínio, sofrimento e destruição de um país, causados por uma guerra movida pelo desejo de controlo dos ricos recursos naturais e de tão importantes vias e posições geoestratégicas do Afeganistão. Uma guerra que impacta sobre outros países da bacia do Cáspio e extravasa para o Paquistão, e que se enquadra intimamente com outras, que se travaram e travam no Iraque, no Líbano, na Líbia, nas provocações e ingerência em curso no conflito sírio e nas ameaças constantes e crescentes contra o Irão.


 
O anúncio de retirada da NATO do Afeganistão - mesmo que parcial - confirma as lições da história, que uma guerra de domínio imperial negando a identidade e a vontade de um povo é impossível de ser vencida, e reconhece a razão àqueles que desde sempre se opuseram à invasão e que pugnam pela solução pacífica deste e de todos os conflitos.
 
Neste negro aniversário, o CPPC reitera o seu compromisso com os valores da paz e da cooperação entre os povos, apela ao respeito pelo martirizado povo Afegão e exige do governo português a retirada imediata das tropas portuguesas envolvidas nessa agressão. Este envolvimento é lamentável por contrário à vontade e interesses do povo português, e denuncia uma política externa contrária à soberana do nosso país, que ameaça hoje diminuir Portugal à condição de país totalmente submetido à estratégia dos interesses dos EUA, da UE e da NATO.