Basta de massacres!
Fim imediato da agressão de Israel contra o povo palestino!
Fim à agressão contra a Síria!
Pela Paz! Não à guerra no Médio Oriente!
O CPPC condena veementemente a nova escalada de agressão israelita contra a martirizada população palestina na Faixa de Gaza, que, até ao momento, provocou dezenas de mortos e centenas de feridos, entre os quais muitas crianças palestinas.
Estamos perante uma nova agressão iniciada pelo exército de Israel com o assassinato de um responsável de uma organização palestina, seguido do bombardeamento sistemático da Faixa de Gaza, que, uma vez mais, é levado a cabo num momento que antecede a realização de eleições legislativas em Israel, procurando, desta forma, favorecer as forças reacionárias e de extrema-direita desse país, que actualmente dominam o governo israelita.
Uma agressão que é mais um acto particularmente cruel a acrescentar a muitos outros que marcam décadas de política de autêntico terrorismo de Estado que os governos de Israel têm vindo a perpetrar contra o povo palestiniano e o seu direito a uma vida digna, à Paz, à Liberdade, a um Estado independente, soberano e viável.
Recordamos o massacre cometido pelo regime sionista de Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza, vinte e três dias de bombardeamentos e atrocidades – de 27 de Dezembro de 2008 a 18 de Janeiro de 2009 –, que provocaram cerca de 1400 mortos e 5000 feridos, a maioria dos quais civis palestinos, incluindo centenas de crianças, e a destruição de infraestruturas indispensáveis para assegurar a resposta às necessidades básicas da população daquele território, que há anos está sob bloqueio israelita. Depois deste massacre, o exército de Israel manteve, de forma regular, a Faixa de Gaza sob ataque, provocando dezenas de mortos e centenas de feridos entre a população palestina.
O CPPC denuncia a hipocrisia e o cinismo da Administração Norte-Americana e da União Europeia que, perante a premeditada e violenta agressão israelita, desculpam e apoiam o agressor e responsabilizam a sua vítima, o povo palestino, demonstrando assim a sua cumplicidade ante os crimes cometidos pelo regime sionista de Israel.
O CPPC não esquece que:
• milhares de hectares de terra palestina foram expropriados e milhares de habitações foram destruídas e os seus legítimos donos expulsos, terras posteriormente ocupadas por colonatos ilegais, que actualmente continuam a ser construídos;
• Israel ergueu um muro de separação, construído na sua quase totalidade em território palestino. Um muro, que Israel apresenta como «defensivo» mas que é uma forma particularmente cruel do regime de segregação que impõe ao povo palestino;
• o muro de separação, a densa malha de colonatos, as estradas reservadas a colonos, as inúmeras bases militares, barreiras e postos de controlo permitem ao colonialismo israelita controlar directamente quase 50 por cento do território da Cisjordânia, incluindo os seus recursos naturais – nomeadamente o acesso à água;
• a Faixa de Gaza, alvo de um cruel bloqueio, está desde 2006 transformada numa imensa prisão, onde nada nem ninguém entra ou sai sem prévia autorização de Israel, e onde tudo falta, incluindo os bens e serviços essenciais à sobrevivência da população, naquele que é um dos territórios mais densamente povoados do mundo;
• as inúmeras e diárias humilhações e degradantes condições de vida que o regime sionista de Israel impõe ao povo palestino.
• os milhares de prisioneiros políticos palestinos nas prisões israelitas;
• os milhares e milhares de refugiados palestinos, impedidos de viver na sua terra;
• com a sua política de ocupação, Israel tem como objectivo inviabilizar, na prática, a criação e existência de um Estado palestino e uma paz justa e duradoura no Médio Oriente.
O CPPC não confunde o agressor com o agredido, o colonizador com o colonizado, o opressor com o oprimido, o explorador com o explorado, o criminoso com a sua vítima, o regime sionista de Israel com o povo palestino. E tão pouco confunde o regime sionista com o povo israelita e as forças e milhares de activistas da paz israelitas – a quem saúda pela sua coragem e dignidade –, que intervêm por uma solução e paz justa no Médio Oriente, no quadro da Carta da ONU e no respeito das resoluções das Nações Unidas.
O CPPC solidarizando-se com as vítimas dos ataques e expressando a sua solidariedade para com o povo palestino e a sua luta de resistência contra a colonização sionista dos territórios ilegalmente ocupados da Palestina, considera que se Impõe a todos os defensores da paz a exigência do fim imediato da agressão contra a Faixa de Gaza e a condenação de Israel pelos crimes de guerra e contra a humanidade que comete contra o povo palestino.
Impõe-se que o Governo português – actualmente membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas – actue em consonância com o disposto no artigo 7.º da Constituição da República Portuguesa e dos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, e assim condene e exija o fim imediato da agressão de Israel à Faixa de Gaza, e apoie a legítima aspiração da admissão da Palestina como membro da ONU, votando favoravelmente o seu pedido.
O CPPC reafirma o direito do povo palestino à Paz, à Liberdade, a uma vida digna e a um Estado independente, soberano e viável, e reitera como exigências e condições para a uma paz efectiva, duradoura e justa no Médio Oriente:
- O fim do bloqueio à Faixa de Gaza;
- A paragem imediata das demolições de casas e infra-estruturas palestinas por Israel;
- A interrupção da construção dos colonatos e o desmantelamento dos existentes;
- O derrube do muro de separação;
- A libertação dos milhares de presos políticos palestinos nas prisões israelitas;
- O fim da ocupação israelita;
- O respeito do direito ao regresso dos refugiados palestinos.
- O estabelecimento de um Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967, com Jerusalém Leste como capital;
O CPPC denuncia que esta agressão israelita se enquadra num propósito e estratégia mais ampla de tensão, guerra e domínio do Médio Oriente e dos seus recursos naturais e energéticos protagonizada pelos EUA e seus aliados – de que são exemplo as guerras de agressão ao Iraque, ao Líbano, à Líbia e, agora, contra a Síria (país de que Israel ocupa ilegalmente os Monte Golã), ou ainda as ameaças contra o Irão –, escalada de agressão e guerra que a não ser parada poderá ter desastrosas consequências tanto nesta importante região, como ao nível internacional.
O CPPC apela à adesão e à participação nas iniciativas de solidariedade com a Palestina, que se realizarão:
Em Lisboa:
Fim ao massacre em Gaza! Palestina livre e independente! Pela paz no Médio Oriente!
22 de Novembro – 18h00
Acto público de protesto frente à Embaixada de Israel (Rua António Enes 16 – Metro do Saldanha)
promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação e pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
No Porto:
Contra a agressão a Gaza! Pela Paz no Médio Oriente!
22 de Novembro – 17h30
Concentração na Praça dos Poveiros - Porto
20 de Novembro de 2012
promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação
20 de Novembro
Conselho Português para a Paz e Cooperação