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Pela Paz! Não à Guerra no Médio Oriente

O CPPC divulga a seguinte tomada de posição de um conjunto de 25 personalidades portuguesas.

Pela Paz! Não à Guerra no Médio Oriente

É com grande preocupação que assistimos à agudização da situação em grande número de países do Norte de África e do Médio Oriente. A ameaça iminente de intervenção militar externa na Síria, após persistente alimentação da dissensão interna, bem como a longa preparação de intervenção militar no Irão, são razões da maior inquietação.
As relações internacionais não se devem reger pela ingerência, pela guerra e pela ambição de domínio político e económico – nomeadamente, das reservas de hidrocarbonetos – mas pelo desanuviamento, pela resolução pacífica dos conflitos, na promoção da paz e da cooperação. A guerra constitui a maior violação dos direitos humanos e dos povos. A ingerência, a agressão e a guerra não são solução para os problemas. Pelo contrário, antes os agravam, provocando a morte, o sofrimento e a destruição – recordemos a Jugoslávia, o Iraque, o Afeganistão ou a Líbia. A escalada de guerra no Médio Oriente terá profundas e graves consequências para os povos dessa região, para toda a Humanidade. O que está em causa são o próprio equilíbrio económico e a paz mundiais.
Pela paz, repudiamos a ingerência e as ameaças de agressão militar no Médio Oriente, nomeadamente contra a Síria e o Irão.

17 de Fevereiro de 2012

Primeiros signatários:

Alice Vieira
Alfredo Maia
Augusto Praça
Avelãs Nunes
Baptista Alves
Barata Moura
Deolinda Machado
Graciete Cruz
Graziela Abraços
Ilda Figueiredo
João San Payo
José Goulão
Levy Baptista
Luis Varatojo
Manuel Duran Clemente
Manuel Freire
Manuel Loff
Margarida Tengarrinha
Maria do Céu Guerra
Nuno Santos / Chullage
Paulo de Carvalho
Pedro Abrunhosa
Silas Cerqueira
Siza Vieira
Urbano Tavares Rodrigues

Pela Paz! Contra uma nova guerra no Médio Oriente!

Mais de uma centena de pessoas participou na arruada e concentração que decorreu no passado dia 13.

Pela Paz! Contra uma nova guerra no Médio Oriente!
Crescem novas ameaças de uma intervenção militar externa no Médio Oriente.
Usando como pretexto a situação na Síria, pela qual são dos primeiros responsáveis, ou a suposta intenção de produção de armamento nuclear pelo Irão, nunca provada e repetidamente desmentida pelas autoridades deste país, os EUA e a União Europeia (os maiores produtores e exportadores de armas no mundo), com o apoio dos seus aliados na NATO, como a Turquia, de Israel e de países árabes, promovem a escalada de conflito e de ingerência e agressão à Síria e constantes ameaças de intervenção militar contra o Irão.

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Pela Paz! Contra uma nova guerra no Médio Oriente! (01)

Crescem novas ameaças de uma intervenção militar externa no Médio Oriente.
Usando como pretexto a situação na Síria, pela qual são dos primeiros responsáveis, ou a suposta intenção de produção de armamento nuclear pelo Irão, nunca provada e repetidamente desmentida pelas autoridades deste país, os EUA e a União Europeia (os maiores produtores e exportadores de armas no mundo), com o apoio dos seus aliados na NATO, como a Turquia, de Israel e de países árabes, promovem a escalada de conflito e de ingerência e agressão à Síria e constantes ameaças de intervenção militar contra o Irão.
Falando de forma hipócrita sobre os direitos humanos, aqueles que espalharam a morte e a destruição e que são responsáveis por sistemáticas e brutais violações destes direitos na Palestina, no Afeganistão, no Iraque ou na Líbia, ameaçam de novo com a guerra - a mais brutal violação dos direitos humanos.

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Pela Paz no Médio Oriente. Não à ingerência na Síria e no Irão!

É com grande preocupação que assistimos ao alastramento da agitação política em grande número de países do Norte de África e Próximo e Médio Oriente, sendo essa agitação e violência apresentada como estando justificada, ou até falsamente determinada, por condições culturais, incluindo étnicas e religiosas.
A realidade é que o mapa de países que resultaram da descolonização desses espaços foi traçado pelas potências ocidentais colonizadoras, e que os respectivos regimes políticos foram aí inicialmente impostos. O potencial de conflitualidade é grande, e pode e está a ser manipulado, quer aberta quer dissimuladamente, pelas velhas e novas potências coloniais.
As riquezas naturais que se concentram nesta vasta região foram o principal objecto e motivo de cobiça desde há um século a esta parte, e continuam a ser hoje objecto de cobiça extrema.
As monarquias do Conselho de Cooperação do Golfo - Bahrein, Kuwait, Qatar, Oman, Arábia Saudita e Emiratos Árabes Unidos - que compram a subserviência dos seus súbditos com as receitas prodigiosas da exploração do petróleo, são os aliados tradicionais dos EUA – que impôs o dólar como moeda de referencia para a respectiva transacção – e demais potencias ocidentais. Os restantes países muçulmanos da região procuraram percursos de desenvolvimento autónomo, secular e republicano, enfrentando repetidamente a hostilidade, a subversão e até a agressão militar dessas potências.
Assistimos ao aprofundamento da inquietação social em muitos desses países, no que não são diferentes da generalidade dos países de outros continentes no quadro da presente crise mundial. Mas para o imperialismo essa é uma oportunidade para, através do suborno, da conspiração e da guerra, tentar submeter e controlar politicamente os demais países do Médio Oriente. Esta estratégia insere-se na linha de agressão que conduziu à primeira e segunda guerras do Golfo, que destroçou o Iraque e o deixou em estado de guerra civil; bem como à invasão e ocupação do Afeganistão, responsável pela prática e alastramento da violência extrema nesse país, até ao Paquistão; como também ainda à agressão à Líbia, igualmente destroçada e lançada em estado de guerra civil. Sempre em nome de invocada “luta pela democracia” ou “protecção humanitária” ou “proliferação de armas de destruição maciça” ou “guerra ao terrorismo” - pretextos falsos e selectivamente invocados.
A ameaça agora iminente de intervenção militar externa directa na Síria, após persistente alimentação da dissensão interna, bem como a longa preparação de intervenção militar no Irão, após guerra de desgaste económico e diplomático (boicote e sanções), são razão de grande e renovada apreensão.
O apetite do imperialismo é enorme, porque o Golfo Pérsico é o epicentro das reservas e da produção de hidrocarbonetos, e a rota maior do seu tráfego. Ele tudo tem feito e fará para, um a um, neutralizar ou submeter os países e os grandes produtores dessa região. Para poder dominar todo o mundo também.
Esta é razão acrescida de apreensão, pois que o que acaba por estar em causa é o próprio equilíbrio económico e a própria paz mundiais. A actividade diplomática recente e o presente confronto no Conselho de Segurança da ONU revelam que as potências orientais, representadas no Conselho de Cooperação de Shangai, e os BRICS, se opõem aos desígnios da NATO, dos EUA e da UE quanto ao rumo dos negócios mundiais e em particular no que se refere ao Médio Oriente.
Rejeitamos a intromissão nos assuntos internos à Síria, rejeitamos a guerra económica e mediática ao Irão e a ameaça de qualquer acção militar sobre estes países. Repudiamos a ingerência e a preparação de agressões militares no Médio Oriente, pelo respeito devido à soberania desses povos, e pela ameaça gravíssima que tais políticas significam para a paz mundial.