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PAZ SIM! NATO NÃO! (02)

PAZ SIM! NATO NÃO!

A Aliança do Tratado do Atlântico Norte (NATO) realiza uma nova Cimeira em Chicago, a 20 e 21 de Maio.
A NATO é uma estrutura militar ofensiva, responsável por guerras injustas e ilegítimas, por graves violações dos direitos do homem, por autênticos crimes – na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque ou na Líbia.
Sob o pretexto do “combate ao terrorismo”, da não proliferação de “armas de destruição massiva” ou da dita “ingerência humanitária”, a NATO tem promovido a militarização das relações internacionais, a corrida aos armamentos, a ameaça do terror nuclear, a ingerência, as agressões e ocupações militares, tornando o mundo mais inseguro e violento e comprometendo a paz mundial.
Liderada pelos EUA e tendo a União Europeia como seu “pilar europeu”, a NATO tem vindo a aumentar o número de países membros e a reforçar as suas parcerias e meios, no sentido de ampliar a sua área de intervenção.
A revisão do seu conceito estratégico na sua última cimeira, realizada em Lisboa, em Novembro de 2010, definiu a intervenção em todas as regiões do mundo como objectivo da NATO e alargou o leque de pretextos a serem usados para “justificar” a sua acção belicista.
Através da NATO, os EUA e os seus aliados procuram impor pelo domínio militar o controlo de recursos naturais e de mercados e a superioridade geoestratégica – liquidando milhares de vidas humanas, destruindo países e recursos, espalhando a violência e o sofrimento; desrespeitando os direitos dos povos e as soberanias nacionais; instrumentalizando a Organização das Nações Unidas e subvertendo a sua Carta.
Num momento em que a crise tem servido de desculpa para atacar os direitos e as conquistas dos trabalhadores e dos povos, as despesas e o investimento em novas tecnologias militares não cessam de aumentar, sendo que cerca de 70% dos gastos militares no mundo são dos países membros da NATO – os grandes responsáveis pela agudização da situação económica e social são os mesmos que promovem a corrida aos armamentos, a militarização das relações internacionais e a guerra.
Portugal, membro fundador da NATO pela mão do regime fascista, tem vindo a pautar a sua política externa pela submissão a interesses alheios às aspirações e anseios de paz do povo português.
A Constituição da República Portuguesa – nascida da libertação do fascismo e do anseio do fim da guerra colonial e da paz, conquistadas após o 25 de Abril de 1974 – preconiza a resolução pacífica dos conflitos internacionais, o desarmamento, a soberania e a independência nacional, a não-agressão e a não-ingerência, a dissolução dos blocos político-militares, a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração dos povos.
Contrariando a Lei Fundamental, os sucessivos governos têm vindo a comprometer Portugal com a NATO e os seus crimes, enviando tropas portuguesas para actos de agressão a outros povos. Enquanto se impõem sacrifícios ao povo português e se corta nas despesas sociais, utilizam-se milhões de euros para adaptar e dispor as Forças Armadas Portuguesas às exigências da NATO.
Na sua Cimeira de Chicago, a NATO – ao mesmo tempo que procura assegurar a sua “retirada” ordenada do atoleiro do Afeganistão –, reafirma a instalação do sistema antimíssil dos EUA na Europa e o compromisso dos países membros da NATO na manutenção e no desenvolvimento de capacidades militares e na partilha de meios e de custos da sua política belicista - o que já mereceu a aceitação do governo português.
Este é um rumo que contraria as aspirações e os direitos dos povos a um mundo de paz, de solidariedade e cooperação e que constitui a maior ameaça à paz e à segurança internacional.

Assim, por ocasião da Cimeira da NATO em Chicago, e dando continuidade aos objectivos e aos compromissos da Campanha “Paz Sim! NATO Não!”, realizada em Portugal em 2010, afirmamos:

A exigência da retirada imediata das forças portuguesas envolvidas em agressões da NATO, nomeadamente do Afeganistão;
A rejeição da instalação do sistema míssil dos EUA na Europa e de qualquer participação de Portugal neste;
A rejeição da escalada de guerra no Médio Oriente, nomeadamente contra a Síria e o Irão;
A reclamação do fim das bases militares estrangeiras e das instalações da NATO em território nacional;
A reclamação da dissolução da NATO;
A exigência do desarmamento e do fim das armas nucleares e de destruição massiva;
A exigência do cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas e da Constituição da República Portuguesa, em respeito pela soberania e igualdade dos povos.

Maio de 2012


Associação de Amizade Portugal Cuba
Associação de Intervenção Democrática – ID
Associação dos Agricultores do Distrito de Lisboa
Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin
Associação Projecto Ruído
Casa do Alentejo
Colectivo Mumia Abu-Jamal
Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura Recreio e Desporto
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Ecolojovem – Os Verdes
Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas
Frente Anti-Racista
Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra
Iniciativa Jovem
Interjovem – CGTP-IN
Juventude Comunista Portuguesa
Movimento Democrático de Mulheres
Os Pioneiros de Portugal
Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local
União de Resistentes Antifascistas Portugueses
União dos Sindicatos de Lisboa – CGTP/IN
União dos Sindicatos do Porto
Voz do Operário

Paz Sim! NATO Não! (01)

Caros amigos,

Nos próximos dias 20 e 21 vai realizar-se uma cimeira da NATO em Chicago. Consideramos que é imprescindível assinalar este momento, demonstrando o nosso repúdio por esta organização agressiva e militarista.
Assim, um conjunto de organizações, entre as quais o CPPC, vai realizar uma iniciativa de rua no dia 21, pelas 18H, que consistirá numa concentração e desfile da Rua do Carmo (Armazéns do Chiado) à Estação do Rossio.
Contamos com a vossa presença!

 

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Intervenção do CPPC na Conferência sobre a “Crise Económica Global e a Crescente Militarização das Relações Internacionais”

Intervenção do Conselho Português para a Paz e Cooperação na Conferência sobre a “Crise Económica Global e a Crescente Militarização das Relações Internacionais”, que decorreu em Bruxelas, em 29 de Outubro.
 
Participaram em representação do CPPC Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção, e Filipe Ferreira, membro da Direcção.
 
Queridos companheiros e companheiras,
 
Gostaríamos de iniciar o nosso contributo para esta reunião, que muito valorizamos, transmitindo-vos as mais fraternas saudações do Conselho Português para a Paz e Cooperação a todos os presentes e, através de vós, às organizações e activistas pela paz dos vossos respectivos países.
Amigos,
A Europa atravessa uma grave crise financeira com manifestações sociais e económicas sem precedentes para as presentes gerações.
Crise que integra nas suas causas a política de integração capitalista da União Europeia, das suas instituições e dos governos e respectivas maiorias parlamentares que aceitam e servem os interesses dos grandes grupos económicos e financeiros, que dominam e ganham com a presente situação, em detrimento dos interesses e bem-estar dos povos.

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Paz sim! NATO não!

No momento em que se assinalam 62 anos da existência da NATO - criada a 4 de Abril de 1949, tendo como um dos seus membros fundadores Portugal fascista -, esta inaugura com a agressão à Líbia o seu renovado conceito estratégico, que foi adoptado 4 meses antes na sua Cimeira de Lisboa.

Como alertou a Campanha em defesa da Paz e contra a Cimeira da NATO em Portugal – Campanha «Paz sim! NATO não!» - de que o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) foi uma das organizações promotoras -, os EUA e os seus aliados pretendem, com o renovado conceito estratégico da NATO, fomentar a ingerência, a militarização das relações internacionais e a guerra sob a desculpa de um qualquer pretexto.

Entre outros aspectos, alertava-se ainda para que a NATO provocaria as situações que posteriormente – perante uma opinião pública intencionalmente manipulada através de campanhas de desinformação – utilizaria para tentar «justificar» a sua agressão, se possível, instrumentalizando o direito internacional para procurar «legitimar» a sua acção ilegal.

Denunciava igualmente a Campanha «Paz sim! NATO não!» que a NATO pretendia alargar a sua esfera de acção a partir do estabelecimento de ditas «parcerias» com países, organizações regionais ou internacionais (incluindo a ONU), com conteúdo, forma e duração variáveis, de forma a permitir a sua presença e acção directas ou o amarrar e colocar outros ao serviço dos seus objectivos e concretização da sua estratégia de domínio em todas as regiões do mundo. A NATO desempenharia, conforme as necessidades ou possibilidades, o papel de director e actor central ou de director de outros actores (vejam-se os exemplos dos Balcãs Bósnia-herzegovina, Kosovo) ou do Afeganistão.

A agressão à Líbia levada a cabo pelos EUA/NATO aí está a demonstrar justeza destas palavras, isto é, de que a NATO é uma máquina de guerra dos EUA e seus aliados, uma aliança militar agressiva que constitui, na actualidade, a maior ameaça à paz e à segurança internacional.
Deste modo e nesta ocasião, o CPPC reafirma o compromisso - assumido perante as dezenas de milhares de manifestantes que participaram na grande manifestação da Campanha «Paz sim! NATO não!», de 20 de Novembro de 2010 - de continuar a reforçar o movimento pela paz e anti-imperialista, persistindo na sua activa intervenção em prol:

- Da oposição à NATO e aos seus objectivos belicistas;

- Da retirada das forças portuguesas envolvidas em missões militares da NATO;

- Do fim das bases militares estrangeiras e das instalações da NATO em território nacional;

- Da dissolução da NATO

- Do desarmamento e o fim das armas nucleares e de destruição maciça

- Da exigência do respeito e cumprimento da Constituição da República Portuguesa e das determinações da Carta das Nações Unidas, pelo direito internacional e pela soberania e igualdade dos povos.


O Conselho Português para a Paz e Cooperação

Intervenção de Célia Portela (CGTP-IN) - Acto de luta pela paz e protesto contra a NATO 08/09/2011

A União dos Sindicatos de Lisboa e a CGTP-IN estão presentes nesta acção porque queremos mostrar o nosso repúdio pelos motivos que levam o Secretário Geral da NATO a reunir com o Primeiro-ministro do nosso País.
A NATO é a mais sofisticada e mortífera estrutura militar ao serviço do imperialismo.
É responsável pela agressão a países e povos, da qual a mais actual é a que, há mais de seis meses, decorre na Líbia. Esta intervenção militar viola o direito internacional e a carta das Nações Unidas, para além da Constituição da República Portuguesa – razão de sobra para que o Estado português se tivesse demarcado desta agressão.
O outro ponto da agenda que seguramente vai ser abordado pelo representante da NATO e por Passos Coelho é a transferência para Portugal do Quartel General da Força Aérea e Naval de Reacção Imediata da NATO, actualmente sedeado na Itália.
Nós, trabalhadores e trabalhadoras, não queremos que Portugal seja um trampolim para a agressão a outros povos.
Exigimos, isso sim, a saída de Portugal da NATO.
Queremos que os recursos gastos na Guerra sejam aplicados na resolução dos graves problemas sociais com que os trabalhadores se defrontam.
Daqui exortamos todos os trabalhadores e trabalhadoras portugueses na luta contra o militarismo, pela Paz, pela amizade e cooperação entre os povos, pela justiça e pelo progresso social.
PAZ SIM!
NATO NÃO!