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O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) associa-se à preocupação e repúdio, já amplamente manifestadas por organizações e personalidades de todo o mundo, em relação à deslocação de forças navais dos Estados Unidos da América (EUA) para junto das costas da Venezuela, nas Caraíbas.
A militarização do Mar das Caraíbas, junto à República Bolivariana da Venezuela, é uma grosseira violação do direito internacional e uma grave ameaça a este estado soberano, mas é também um ato de intimidação que visa os Estados da região, em mais uma tentativa de criar condições para lhes impor políticas contrárias aos interesses dos seus povos.
É longa a sequência de intervenções militares, golpes de Estado, sanções, bloqueios e muitas outras tentativas de desestabilização e mudança de regime levadas a cabo pelos sucessivos governos dos EUA contra os povos da América Latina que lutam pelo seu direito inalienável a decidir e construir soberanamente o seu destino.
É atroz o longo rasto de violência, sofrimento, morte e atraso deixado por tais ingerências – de intervenções abertas ou encapotadas (como em Granada, Panamá ou Nicarágua) ao apoio a ditaduras militares fascistas (Chile, Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, Colômbia, etc.), passando pela imposição de bloqueios e sanções (de que Cuba é o exemplo maior) e de acordos comerciais lesivos das economias dos países e dos direitos dos povos.
A presente movimentação de forças navais dos EUA segue-se a uma ignóbil campanha de acusações falsas contra o presidente Nicolás Maduro e o governo bolivariano, orquestrada pelos EUA para fabricar o mito do seu envolvimento no narcotráfico e com isso inventar o pretexto para atos mais gravosos contra a Venezuela e outros Estados da América Latina e das Caraíbas. Esta escalada pode representar mais um passo num caminho insano e perigoso com consequências imprevisíveis.
O CPPC, saudando a coragem e resistência de que a República Bolivariana da Venezuela e o seu povo têm dado provas, expressa a sua solidariedade com a luta que travam contra a ingerência do imperialismo, pela paz, a soberania, o desenvolvimento, a justiça e o progresso social.
Diante das ameaças em curso dos EUA, não pode haver hesitações: é hora de manifestar a mais firme e inequívoca solidariedade com a Venezuela e o seu direito a viver em paz e soberanamente.
A Direção Nacional do CPPC
01-09-2025