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21 de setembro dia internacional da paz 1 20180924 2050152697

Alarguemos a acção pela paz,
pelo desarmamento, pela solidariedade

Neste Dia Internacional da Paz, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma o seu compromisso de sempre de agir com todos quantos, na sua acção quotidiana, defendem os valores da paz, do desarmamento, do respeito pela soberania dos Estados e dos povos e a solidariedade com todos os que, por esse mundo fora, se batem pelo respeito do direito a decidir livremente do seu próprio futuro e pelo progresso social.

A actual situação internacional, marcada por imensos riscos para a paz e segurança mundial, coloca a necessidade de uma ampla convergência de vontades em defesa da paz, pelo desanuviamento das relações internacionais, pelo respeito da soberania dos povos e da independência dos Estados, conforme preconizado na Carta das Nações Unidas e no direito internacional, pelo progresso, pela solidariedade, pela rejeição das guerras de agressão, pelo fim da corrida aos armamentos, pela abolição das armas nucleares, pelo encerramento das bases militares estrangeiras, pelo fim dos blocos político-militares, pelo fim da política de chantagem, de ingerência, de bloqueios e de sanções nas relações internacionais.

A realização, a 20 de Outubro, no Concelho de Loures, do Encontro pela Paz, promovido por diversas organizações e movimentos, incluindo o CPPC, a ampliação do movimento da paz em Portugal representam um contributo para o esforço do desenvolvimento de um amplo movimento da paz ao nível mundial.

O que a história mostra é que os amantes da paz, é que os povos do mundo, mobilizados e unidos, podem travar o passo às forças da guerra. Não esquecemos o Apelo de Estocolmo contra as armas nucleares, que recolheu centenas de milhões de assinaturas em 1950, contribuindo para que não se repetisse o horror de Hiroxima e Nagasáqui; não esquecemos as grandes mobilizações que forçaram à celebração de acordos visando a limitação de armamento nuclear e o desanuviamento, como a Acta Final da Conferência de Helsínquia, em 1975; não esquecemos a solidariedade com o Vietname e o seu povo face à agressão dos EUA; a solidariedade com os povos africanos das antigas colónias portuguesas, que após processos dolorosos conquistaram a paz e a independência nacional; ou a solidariedade com o povo sul-africano na sua luta contra o regime de apartheid; não esquecemos a aprovação, em Julho de 2017, do Tratado de Proibição de Armas Nucleares por uma conferência das Nações Unidas, indo ao encontro da aspiração de um mundo livre da ameaça da guerra nuclear; entre tantos outros exemplos, que demonstram a importância do movimento da paz e da solidariedade com os povos vítimas de agressão e opressão.

Sabemos do poderio dos que estão por detrás do militarismo, da indústria do armamento, das guerras de agressão, da ânsia de domínio económico, mas o CPPC confia que o futuro está nas mãos dos povos, com a sua acção e determinação em defesa da paz, da soberania e do progresso social. É neste caminho que o CPPC está empenhado e é por ele que continuará, com a confiança de sempre, a desenvolver a sua acção pela Paz, seguro que muitos caminharão a seu lado.

Direcção Nacional do CPPC