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Marcha por Abril – Contra a exploração e o empobrecimento
Aderentes, amigos e amigas do CPPC participaram nas "Marchas por Abril – Contra a exploração e o empobrecimento" convocadas pela CGTP-IN, onde puderam contactar com os presentes e distribuir o mais recente número do Notícias da Paz.

 


Relembramos a saudação que o CPPC dirigiu às marchas.

«Marcha por Abril – Contra a exploração e o empobrecimento»
SAUDAÇÃO ÀS MARCHAS CONVOCADAS PELA CGTP-IN PARA 19 DE OUTUBRO

O Conselho Português para a Paz e Cooperação - CPPC – saúda e apela à participação na «Marcha por Abril – Contra a exploração e o empobrecimento» convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), para o dia 19 de Outubro, que decorrerá nas cidades de Lisboa e do Porto.

As violentas medidas de austeridade postas em prática pelo governo, em obediência às políticas determinadas pela troika (UE, FMI, BCE), conduziram Portugal para um ciclo vicioso e destrutivo de exploração, empobrecimento, recessão e constante detioração das condições de vida dos trabalhadores, dos reformados, pensionistas e idosos e do povo em geral.

O desemprego real, como consequência dos despedimentos e da recessão económica, facilitados e promovidos pelo governo, atinge, cerca de milhão e meio de cidadãos, incluindo muitos jovens que, impedidos de continuar a estudar, são obrigados a emigrar ou a aceitar trabalhos precários, desqualificados e mal remunerados. Cerca de 50 % dos desempregados não recebem subsídio de desemprego ou qualquer outro apoio social.

As funções sociais do Estado: saúde, segurança social, educação, justiça, serviços públicos, apoio às pessoas carenciadas, são objecto de medidas restritivas e cortes orçamentais sucessivos que inviabilizam o seu normal funcionamento.

Os indicadores já conhecidos das linhas mestras do Orçamento do Estado para 2014, expressas na proposta das Opções do Plano, deixam claro que as prioridades do governo se centram na estabilidade financeira, o que significa que a Banca privada irá continuar a ser financiada com do dinheiro do Estado, à custa dos cortes nos serviços sociais, no despedimento de dezenas de milhar de trabalhadores da Administração Pública e na manutenção e aprofundamento dos sacrifícios impostos aos cidadãos que vivem dos seus rendimentos do trabalho ou das pensões de reforma.

As declarações de inconstitucionalidade, pronunciadas pelo Tribunal Constitucional, sobre diversos diplomas governamentais ou da Assembleia da República, demonstram que o governo e a maioria parlamentar que o suporta convivem mal com a Constituição da República que juraram cumprir e fazer cumprir.

No âmbito da política externa do Estado, o governo tem vindo a assumir uma posição de total subserviência aos interesses e às políticas das grandes potências da União Europeia, dos Estados Unidos da América e da NATO, evidenciadas, entre muitas outras, no recente apoio político às tentativas de ataque directo à Síria, sob o pretexto do uso de armas químicas pelas Forças Armadas deste país, o que o governo da Síria claramente nega. Também neste caso, o desrespeito pelos princípios estabelecidos na Constituição da República Portuguesa é flagrante.

O Conselho Português para a Paz e Cooperação defende um Portugal de paz e de progresso económico e social, só possível com o fim das medidas de austeridade e a implementação de novas politicas que assegurem a independência económica e politica face ao exterior; que garantam o bem-estar de todos os cidadãos e o direito a usufruírem de uma vida digna no presente, assegurando o futuro das gerações vindouras, com uma relação de amizade, de cooperação e de paz com todos os povos do mundo. Um Portugal que prossiga os valores da Revolução de Abril de 1974.

Viva a luta dos trabalhadores

Viva a Paz