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Ontem, em Lisboa, afirmou-se « Paz Sim! NATO Não!» no desfile organizado por ocasião da cimeira da NATO, que decorreu ontem em Bruxelas. As intervenções foram feitas por João Barreiros, em nome da CGTP-IN e por Eduardo Lima, pelo CPPC, tendo a apresentação da iniciativa sido feita por Mariana Silva.
Denunciou-se o imenso legado de morte, sofrimento e destruição, incluindo de deslocados e refugiados, causadas pelas guerras de agressão promovidas pela NATO – como se verificou na Jugoslávia, no Afeganistão ou na Líbia. A Cimeira do dia de ontem contribuiu para aprofundar o seu conceito estratégico ofensivo e a postura de confrontação, tornado claro que a NATO é responsável pelas trágicas consequências na vida destes países e dos seus povos.
A NATO e os seus países membros continuam a aumentar os gastos militares, que atingem novos máximos, e a promover a criação de novos e mais sofisticados armamentos, incluindo armas nucleares, num momento em que a Humanidade se vê confrontada com a pandemia da Covid-19 e são necessários investimentos para a salvaguarda da saúde – incluindo para a vacinação –, dos salários, do emprego, dos direitos sociais, do desenvolvimento.
Durante a iniciativa foi denunciado o alinhamento da NATO com os interesses económicos, políticos e geoestratégicos dos EUA, prosseguindo uma política belicista, dirigida contra os países que ousam defender a sua soberania e afirmar o direito ao desenvolvimento, e particularmente com a sua escalada de confrontação dirigida à Rússia e à China, com que procura cercar e isolar estes países e condicionar o seu desenvolvimento económico e social – uma política que aumenta as tensões e o risco de guerra.
Defendeu-se que Portugal deve estar do lado da paz e do desarmamento, rejeitando o militarismo e a guerra, incluindo a participação de forças portuguesas em operações de ingerência e agressão contra outros povos, cumprindo os princípios de paz e cooperação inscritos na Constituição da República Portuguesa – que assinala este ano os 45 anos da sua aprovação e promulgação –, que advogam a dissolução dos blocos político-militares.
E reafirmaram-se as posições das organizações subscritoras, sublinhando a necessidade de defender a causa da paz e a segurança colectiva, exigindo:
- A dissolução da NATO!
- O fim das ingerências, dos bloqueios, das guerras de agressão promovidas pela NATO e pelos seus países membros!
- O fim do processo de militarização da União Europeia!
- A assinatura e ratificação por Portugal do Tratado de Proibição de Armas Nucleares!
- A abolição das armas nucleares e de outras armas de destruição massiva!
- O fim da corrida aos armamentos e o aumento do investimento para a paz, o desenvolvimento e o progresso social!
- A defesa dos princípios da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional!