
O Conselho Português para a Paz e Cooperação saúda o apelo promovido por profissionais de saúde portugueses a um cessar-fogo imediato e permanente e à urgente ajuda humanitária às populações e aos profissionais e serviços de saúde na Faixa de Gaza e noutros territórios palestinianos.
Mais de 250 profissionais da saúde assinaram já este apelo, unindo as suas vozes pelo fim pelo fim dos ataques às populações e a
instalações hospitalares.
O apelo, que damos a conhecer, pode ser assinado em:
Profissionais de saúde portugueses apelam a um cessar-fogo imediato e permanente e à urgente ajuda humanitária às populações e aos profissionais e serviços de saúde na Faixa de Gaza
Nós, profissionais de saúde portugueses assistimos com profunda indignação e horror aos bombardeamentos e ataques do exército israelita contra hospitais e outras infraestruturas e serviços de saúde na Faixa de Gaza e noutros territórios palestinianos.
No último mês, a OMS registou mais de uma centena de bombardeamentos a serviços de saúde em Gaza, resultando em milhares de mortes e feridos entre a população, incluindo centenas de profissionais de saúde em serviço.
Os ataques de Israel que têm como alvo preferencial instalações médicas, profissionais de saúde, doentes e feridos constituem uma violação do Direito e das Convenções Internacionais Humanitárias e dos Direitos Humanos.
Os ataques direcionados a hospitais, bem como a veículos de transporte pré-hospitalar, impedem o acesso seguro dos feridos e doentes, na sua maioria crianças, mulheres e idosos, a cuidados de saúde essenciais e urgentes.
As ordens de Israel para a evacuação de hospitais e a óbvia impossibilidade do seu cumprimento de forma segura para doentes e profissionais revela que o seu verdadeiro objetivo não é o de proteger as populações.
Atualmente, já mais de metade dos hospitais da Faixa de Gaza estão inoperacionais e os poucos que ainda funcionam estão sob enorme pressão e à beira do colapso.
À medida que as instalações de saúde, os sistemas de água e saneamento são destruídos por Israel, a saúde pública na Faixa de Gaza fica mais comprometida.
O bloqueio que Israel impõe à entrada de ajuda humanitária tem restringido brutalmente o fornecimento de medicamentos e equipamentos essenciais, bem como de combustível indispensável ao funcionamento dos geradores hospitalares. Há cirurgias realizadas sem qualquer suporte anestésico, à luz de velas e telemóveis. A falta de energia já levou as equipas a ter que suspender procedimentos de suporte de órgão levando à morte de recém- nascidos e doentes críticos, situações profundamente dramáticas e inaceitáveis aos olhos de qualquer profissional de saúde.
Para nós, profissionais de saúde, é particularmente incompreensível, à luz dos princípios éticos da beneficência e não maleficência em que baseamos a nossa prática, e do compromisso que assumimos com quem cuidamos, que seja impedido o acesso a cuidados de saúde e que se anule a segurança, equidade e humanismo, pilares fundamentais das instituições de saúde.
Instamos o Governo português a que, no respeito da Constituição da República Portuguesa, da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, desenvolva todos os esforços para que sejam imediatamente interrompidos os ataques de Israel e para o cumprimento das resoluções das Nações Unidas que determinam a criação de um Estado da Palestina soberano e independente.
Os profissionais de saúde portugueses abaixo assinados condenam o massacre do povo palestiniano por Israel, em especial os ataques às populações e a instalações hospitalares, e apelam a um cessar-fogo imediato e permanente e à urgente ajuda humanitária às populações e aos profissionais e serviços de saúde na Faixa de Gaza e noutros territórios palestinianos.

Tendo tomado conhecimento que a Casa da Moeda estará a proceder à produção de 2 milhões de moedas para o Estado de Israel e que está perspectivada uma visita oficial de uma delegação do Governo israelita à
INCM para assinalar a cunhagem das primeiras moedas, apelamos a que todos participem no protesto em frente à Casa da Moeda, no dia 25 de Novembro, às 11h30.
Israel leva a cabo um genocídio na Faixa de Gaza, há mais de dois anos com ataques e massacres diários. Na Cisjordânia a violência intensifica-se e proliferam a construção de novos colonatos e entrada de milhares de colonos. Desde a entrada em vigor do "cessar-fogo" Israel continua sistematicamente a atacar palestinianos na Faixa de Gaza.
Não nos calamos! Não aceitamos a impunidade de Israel nem a cumplicidade do governo português que, tendo reconhecido o Estado da Palestina em setembro passado, continua sem tomar medidas concretas em prol do estabelecimento do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental e do cumprimento do direito de retorno dos refugiados palestinianos, conforme as resoluções adotadas no âmbito da ONU.

Milhares de pessoas concentraram-se, ao final da tarde de dia 17, junto à Assembleia da República, a exigir do governo o reconhecimento imediato do Estado da Palestina. A manifestação saiu do Largo Camões e rumou ao parlamento, no momento em que era debatido o Programa do Governo - omisso quanto a esta questão.
Fim ao genocídio! Israel e culpado por um povo massacrado! E Palestina vencerá! foram palavras de ordem ouvidas ao longo do percurso.
Junto à Assembleia da República intervieram representantes das organizações promotoras: Isabel Camarinha, pelo CPPC; Mariana Metelo, pelo Projeto Ruído; Carlos Almeida, pelo MPPM; e Tiago Oliveira, pela CGTP-IN. André Levy leu a mensagem de Mahmoud Marcel, palestiniano que passou 27 anos nas prisões israelitas. Apresentada pela atriz Isabel Medina, uma moção foi aprovada pelos participantes, que empunharam um cartão com a bandeira palestiniana.

Um ano após a mais recente agressão de grande escala de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza, iniciada a 8 de Julho de 2014, o Conselho Português para a Paz e Cooperação recorda os mais de 2200 palestinos assassinados, na sua grande maioria população civil, incluindo mais de 500 crianças, para além dos muitos milhares de feridos.

Os Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal acolhem, no dia 30 de Novembro, o seminário «Palestina: História, Identidade e Resistência de um país ocupado», promovido em parceria pelo município, o CPPC e o MPPM. Eis o programa detalhado da iniciativa:
9.30 horas – Sessão de Abertura
Joaquim Santos, presidente da Câmara
Municipal do Seixal
Nabil Abuznaid, embaixador da Palestina
Ilda Figueiredo, presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação
Maria do Céu Guerra, presidente do MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente



No âmbito da comemoração do Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) organizaram, com o apoio da Câmara Municipal de Almada e da Inovinter, no passado dia 29 de Novembro (Sábado), no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada, o Seminário Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.